terça-feira, 25 de novembro de 2008

Tema do blog


O blog aborta sobre a região Centr-Oeste e seus varios temas. E é extremamente recomendado que abra o blog pelo mozila pois erros são relatados frequentimente no provedor da internet exeplore.


Uma boa noite para todos. e podem usar Ctrl C e Ctrl V em qualquer coisa do blog.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Extrativismo

Extrativismo mineral

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5b/GoldNuggetUSGOV.jpg/250px-GoldNuggetUSGOV.jpg

O ouro é um dos produtos econômicos mais importantes da Região Centro-Oeste do Brasil, ao lado do diamante e do ferro.

As riquezas minerais do Centro-Oeste são ainda mal conhecidas, mas mesmo assim a região se projeta como possuidora de excelentes reservas de ferro, manganês, níquel, cristal de rocha, ouro e diamante. O ferro e o manganês são encontrados em um grande bloco de rochas cristalinas, o Maciço do Urucum, que aflora em plena horizontalidade da Planície do Pantanal, em Mato Grosso do Sul. Embora abundantes, essas reservas são de baixa qualidade. Destinam-se ao abastecimento da usina siderúrgica Sobrás, em Corumbá, e o excedente é exportado para os Estados Unidos, Argentina e Uruguai. O cristal de rocha aparece em Goiás e também é destinado à Sobrás e à exportação, principalmente para o Japão. Em Goiás é encontrado ainda o níquel, enquanto o ouro e o diamante são extraídos, através do garimpo, principalmente em Mato Grosso.



Extrativismo vegetalImagem:GoldNuggetUSGOV.jpg

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/b/b3/Latex_dripping.JPG/100px-Latex_dripping.JPG

http://pt.wikipedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png

Coleta do latex da seringueira

O extrativismo vegetal é uma atividade econômica importante sobretudo em áreas mais distantes dos grandes centros. Da imensa Floresta Amazônica, que recobre a parte norte da região, extraem-se borracha e madeiras de lei, como mogno, cedro, imbuia e outras. No sudoeste de Mato Grosso extraem o angico e a poaia, cujas raízes fornecem matéria-prima para a indústria farmacêutica; no Pantanal, a espécie de maior aproveitamento é o quebracho, do qual se extrai o tanino, utilizado no curtimento do couro; e no sul de Mato Grosso do Sul alternam-se o extrativismo vegetal e plantações de erva-mate. e a mais doda do pais

Extrativismo animal

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/98/Alligator.jpg/250px-Alligator.jpg

http://pt.wikipedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png

O jacaré é uma das vítimas da caça predatória.

O extrativismo animal, representado pela caça, não possui expressão comercial regular e oficializada. Entretanto, praticam-se intensamente as atividades extrativas ilegais. A caça predatória tem como conseqüência a matança indiscriminada de jacarés e a extinção de inúmeras outras espécies de aves e animais terrestres, ocasionando grave desequilíbrio ecológico na região.

Entre os animais mais dizimados estão: a garças, caçadas por causa de suas penas; as lontras e ariranhas, devido à grande procura de suas peles no exterior; e os jacarés, cuja pele é utilizada na fabricação de cintos, bolsas, calçados etc.

É também relevante a pesca de grandes peixes de água doce em importantes rios.

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/5/5b/GoldNuggetUSGOV.jpg/250px-GoldNuggetUSGOV.jpg

domingo, 2 de novembro de 2008

Artesanato da região Centro-Oeste

Região Centro-Oeste Coleção 'Um Convite à Reflexão'





Ignore, que são cinco videos, pois este blog apenas aborda sobre a região Centro-Oeste , sendo um trabalho escolar do Colégio Pedro II

Vídeo de Geografia da região Centro-Oeste

Video contendo imagens do bioma da região pantaneira

Pantanal

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Arara

Hidrografia no Centro-Oeste

Hidrografia

Mapa hidrográfico do Brasil.

A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três grandebacias hidrográficas:

Bacia Amazônica:, em Mato Grosso, para onde se deslocam rios colossais, como o Xingu, ou rios que formam principais afluentes do rio Amazonas, como o Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós;

Bacia do Tocantins-Araguaia, ocupando o norte e o ponto mais a oeste de Goiás e o extremo leste de Mato Grosso;

Bacia Platina, subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Paraguai, no restante da região.

Bacia do Rio Paraná

Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o Centro-Oeste é banhado pelo rio Paraná e por um de seus formadores, o Rio Paranaíba, no extremo sul de Goiás. A porção sudeste da região é drenada por afluentes menos extensos da margem direita do rio Paraná, como os rios Verde, Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi.

Bacia do Rio Paraguai

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a2/Rio_Paraguay.jpg/250px-Rio_Paraguay.jpg

http://pt.wikipedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png

Rio Paraguai.

A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é a bacia do rio Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no Estado de Mato Grosso. Seus principais afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda. A bacia do rio Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a Planície Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo Pantanal Mato-grossense. Como o clima da região intercala estações secas e estações chuvosas, essa planície fica coberta por um lençol de água durante aproximadamente seis meses. Nos meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas semicirculares, chamadas de baías. Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e ligam-se umas com as outras através de canais chamados de corichos.

O norte de Goiás e o leste do Estado de Mato Grosso, são banhados pelas nascentes dos rios que formam a Bacia do Tocantins. Na divisa da Região Nordeste com o Estado de Goiás, estendendo-se até o Estado de Tocantins, na Região Norte, destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a bacia do rio São Francisco no leste.






Período de cheia no Pantanal.

Mapa hidrográfico do Brasil.


Demografia

Pôr-do-sol em Campo Grande
Catedral de Brasília, maior cidade da região



Hidrografia

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/1/18/Bacia_hidro.jpg/250px-Bacia_hidro.jpghttp://pt.wikipedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png

Mapa hidrográfico do Brasil.

A Região Centro-Oeste é drenada por muitos rios, agrupados em três grandebacias hidrográficas:

Bacia Amazônica:, em Mato Grosso, para onde se deslocam rios colossais, como o Xingu, ou rios que formam principais afluentes do rio Amazonas, como o Juruena e o Teles Pires que formam o rio Tapajós;

Bacia do Tocantins-Araguaia, ocupando o norte e o ponto mais a oeste de Goiás e o extremo leste de Mato Grosso;

Bacia Platina, subdividida em suas bacias hidrográficas: a bacia do rio Paraná e a bacia do rio Paraguai, no restante da região.

Bacia do Rio Paraná

Na divisa com os estados de Minas Gerais, São Paulo e Paraná, o Centro-Oeste é banhado pelo rio Paraná e por um de seus formadores, o Rio Paranaíba, no extremo sul de Goiás. A porção sudeste da região é drenada por afluentes menos extensos da margem direita do rio Paraná, como os rios Verde, Pardo, Ivinhema, Amambaí e Iguatemi.

Bacia do Rio Paraguai

http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/a/a2/Rio_Paraguay.jpg/250px-Rio_Paraguay.jpg

http://pt.wikipedia.org/skins-1.5/common/images/magnify-clip.png

Rio Paraguai.

A maior bacia hidrográfica em extensão da região Centro-Oeste é a bacia do rio Paraguai, que nasce na Chapada dos Parecis, no Estado de Mato Grosso. Seus principais afluentes são os rios Cuiabá, Taquari e Miranda. A bacia do rio Paraguai ocupa uma imensa baixada que forma a Planície Paraguaia, na qual a parte alagada é composta pelo Pantanal Mato-grossense. Como o clima da região intercala estações secas e estações chuvosas, essa planície fica coberta por um lençol de água durante aproximadamente seis meses. Nos meses secos, as águas represam-se em pequenas lagoas semicirculares, chamadas de baías. Quando as cheias são mais violentas, as baías ampliam-se e ligam-se umas com as outras através de canais chamados de corichos.

O norte de Goiás e o leste do Estado de Mato Grosso, são banhados pelas nascentes dos rios que formam a Bacia do Tocantins. Na divisa da Região Nordeste com o Estado de Goiás, estendendo-se até o Estado de Tocantins, na Região Norte, destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas separando a bacia do Tocantins, no oeste, e a bacia do rio São Francisco no leste.

Centro-Oeste Mato Grosso do Sul

- M A T O G R O S S O D O S U L -

GEOGRAFIAÁrea: 357.125 km2. Relevo: pantanal (extremo oeste), planaltos com escarpas a leste e depressão a noroeste. Ponto mais elevado: morro Grande, no morro da Santa Cruz (1.065,4 m). Rios principais: Paraguai, Paraná, Paranaíba, Miranda, Aquidauana, Taquari, Negro, Apa, Correntes. Vegetação: cerrado a leste, Pantanal a oeste, floresta tropical a sul. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Campo Grande (6765.247), Dourados (186.357), Corumbá (101.089), Três Lagoas (87.113), Ponta Porã (68.317), Aquidauana (46.469), Naviraí (41.091), Paranaíba (39.607), Nova Andradina (39.470), Coxim (33.408) - 2006. Hora local: -1h. Habitante: sul-mato-grossense.

POPULAÇÃO – 2.297.981 (2006). Densidade: 6,4 hab./km2 (2004). Cresc. dem.: 1,7% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 85,4% (2004). Domicílios: 680.016 (2006); carência habitacional: 93.862 (2006). Acesso à água: 82,0% (2005); acesso à rede de esgoto: 15,7% (2005). IDH: 0,778 (2000).

SAÚDEMort. infantil: 19,1 por mil nascimentos (2005). Médicos: 11,8 por 10 mil hab. (2005). Leitos hosp.: 2,3 por mil hab. (2005).

EDUCAÇÃO
Educ. infantil: 82.973 matrículas (77% na rede pública). Ensino fundamental: 434.449 matrículas (91,3% na rede pública). Ensino médio: 99.861 matrículas (84,9% na rede pública) - todos em 2005. Ensino superior: 64.462 matrículas (33,3% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 9,5%; analfabetismo funcional: 25,4% (2004).

GOVERNOGovernador: André Puccinelli (PMDB). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.561.181 (1,2% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Parque dos Poderes, bloco 8, Governadoria, Campo Grande. Tel. (67) 318-1000.

ECONOMIAParticipação no PIB nacional: 1,1% (2004). Composição do PIB: agropec.: 31,2%; ind.: 22,7%; serv.: 46,1% (2004). PIB per capita: R$ 8.945 (2004). Export. (US$ 1,5 bilhões): soja e derivados (34,9%), carnes de suínos e frangos (20,9%), carne bovina (13,7%), minérios e suas ligas (8%), couros e peles (7,4%), madeira (5,1%). Import. (US$ 1,1 bilhões): gás natural (58%), geradores e turbinas (21,2%), carne bovina (7,2%), fertilizantes (2,1%), fios sintéticos (2,1%) - 2005.

ENERGIA ELÉTRICAGeração: 15.222 GWh; consumo: 2.835 GWh (2004).

TELECOMUNICAÇÕESTelefonia fixa: 540 mil linhas (maio/2006); celulares: 1,5 milhões (abril/2006).

CAPITAL – Campo Grande. Habitante: campo-grandense. Pop.: 765.247 (2006). Automóveis: 269.021 (2006). Jornais diários: 5 (2006). Prefeito: Nelson Trad Filho (PMDB). Nº de vereadores: 16 (2006). Data de fundação: 26/8/1899.

Mato Grosso do SulFatos históricos:

A decisão de dividir Mato Grosso em dois estados foi tomada em 1977 e efetivada em 1979 com a criação de Mato Grosso do Sul. Na época, o governo afirmava ser essa a melhor forma de administrar e desenvolver uma região tão extensa, diferenciada e estratégica. Além disso, a região centro-sul de Mato Grosso, com agricultura mais intensiva, distribuída por um número maior de propriedades, tem crescimento econômico e social diferente do da região norte, onde predominam a pecuária extensiva e o latifúndio. Para a região sul chegam muitos migrantes desde o final do século XIX, vindos do Sul e do Sudeste. Esse movimento se fortalece no século XX e cria uma sociedade mais complexa e aberta, além de laços políticos sólidos com os estados vizinhos, especialmente São Paulo. Esse vínculo fica claro com a participação do sul do estado na Revolução de 1924, nas Revoltas Tenentistas e na Revolução Constitucionalista de 1932.

Cortado no extremo sul pelo Trópico de Capricórnio, Mato Grosso do Sul está situado na Região Centro-Oeste. A proximidade com a Bolívia e o Paraguai explica a popularidade de alguns pratos daqueles países. Na cozinha do dia-a-dia, os peixes, fartos nos rios, são muito usados, assim como a carne fornecida pelos grandes rebanhos bovinos. No oeste do estado estão dois terços do pantanal mato-grossense, a maior planície alagável do mundo e um dos ecossistemas mais importantes do planeta. Com uma área que abrange 12 municípios, o Pantanal apresenta declividade quase nula, o que favorece as freqüentes inundações. A região possui grande variedade de fauna e flora, com florestas, baixios, savanas, cerrados, campos e matas naturais. Há jacarés, capivaras, sucuris, onças-pintadas e imensa variedade de pássaros. Outra riqueza natural são as grutas e os rios da cidade de Bonito, na serra da Bodoquena, cujas atrações são as cavernas pré-históricas e o mergulho nos pequenos riachos de águas cristalinas e repletas de peixes. Entre as grutas, a mais importante é a do Lago Azul. A partir dos anos 90, o potencial de turismo ecológico, ancorado no Pantanal, começa a ser explorado, criando um desafio para o efetivo controle da caça e da pesca.

Problemas ambientais - O aumento no número de queimadas vem transformando a paisagem e o meio ambiente do estado no período das secas, que se estende do final de março a meados de setembro. Outro problema ambiental é o assoreamento do rio Taquari, um dos principais formadores do Pantanal, provocado pela ocupação predatória da região. Em Camapuã, no nordeste do estado, a atividade pecuária dá início a um processo de desertificação, segundo a organização não governamental Ecologia e Ação (Ecoa).

Com forte tradição agropecuária, Mato Grosso do Sul é o estado de maior crescimento econômico na Região Centro-Oeste. Entre 1990 e 1998, o estado se desenvolve a um ritmo 25% mais acelerado que a taxa acumulada de crescimento do Brasil, de acordo com o Ipea. Nesse período, Mato Grosso do Sul muda também seu perfil econômico, industrializando-se. Em 1990, a atividade agropecuária correspondia a 24,4% do PIB estadual, enquanto a indústria era responsável por 13%. Em 1998, cada um desses setores tem participação de 22%. Em 2004, respectivamente, 31,2%, 22,7% e, 46,1% para o setor de serviços.

Um dos fatores que contribuem para o crescimento industrial são os incentivos fiscais, que se tornam mais abrangentes a partir de 1997, com a aprovação de uma lei autorizando as empresas a pagar apenas 25% do ICMS por prazos de até dez anos. Esse benefício atrai as indústrias de transformação, como as de carne, soja e ração, que migram para o estado para reduzir despesas com fretes na compra da matéria-prima.

Na pecuária, o gado bovino ultrapassa o rebanho mineiro, com 20,9 milhões de cabeças, conforme dados do IBGE. A agricultura, desenvolvida principalmente no leste do estado, é favorecida pela proximidade com a agroindústria e com grandes mercados consumidores do Sul e do Sudeste, e também pelo solo fértil - a terra roxa -, sobretudo no planalto do rio Paraná.

Desde 1990, as culturas voltadas para os mercados nacional e internacional, em processo de modernização e empregando menos mão-de-obra, registram grande crescimento. A produção de milho, por exemplo, evolui 400%, e a da soja em grão passa a representar 9% da safra brasileira, com 2,79 milhões de t. Porém, há declínio de setores mais tradicionais, principalmente das lavouras de algodão, arroz, feijão e trigo. A estiagem e as enchentes vem castigando constantemente os agropecuaristas do estado.

I
ndicadores sociais e econômicos - Mato Grosso do Sul tem uma das mais baixas taxas de densidade demográfica do país - 6,4 habitantes por km2. Está em quinto lugar entre os estados brasileiros no ranking do índice de desenvolvimento humano (IDH), da ONU. As grandes distâncias, o vazio populacional e o fato de que quase um terço de suas terras sofre inundação periódica dificultam a adoção de políticas de saneamento básico. Apenas 15,7% dos domicílios estão ligados à rede de esgoto ou possuem fossa séptica. Outro problema é a questão fundiária. Mato Grosso do Sul é o estado do Centro-Oeste com o maior número de conflitos.

Em 2004 foi o único estado brasileiro a ter decréscimo do PIB (- 0,8%). Outro problema foi em 2005: devido a febre aftosa, em outubro, mais de 50 países adotaram restrições à carne brasileira (o foco foi no Mato Grosso do Sul e milhares de cabeças foram abatidas). Em março de 2006 o fato se repete sendo que em 2007 aparentemente o problema foi controlado com duras medidas fitosanitárias.

Programa Pantanal - Com investimentos estrangeiros, intermediados pelo governo federal, está sendo implantado o Programa Pantanal, que deverá durar oito anos, a partir de 2001. Até 2009, deverão ter sido investidos, pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), cerca de 200 milhões de dólares. Os principais pontos do programa são a administração de bacias hidrográficas; manejo de bacias críticas; água e saneamento; ecoturismo; apoio ao produtor pantaneiro; e fortalecimento da Polícia Ambiental, intensificando a proteção do meio ambiente.

Centro-Oeste Mato Grosso

- M A T O G R O S S O -

GEOGRAFIA – Área: 903.357,9 km2. Relevo: planalto e chapadas no centro, planície com pântanos a oeste e depressões e planaltos residuais a norte. Ponto mais elevado: serra Manto Cristo (1.118 m). Rios principais: Juruena, Teles Pires, Xingu, Araguaia, Paraguai, Piqueri, Cuiabá, São Lourenço das Mortes. Vegetação: cerrado na metade leste, floresta Amazônica a noroeste, pantanal a oeste. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Cuiabá (542.861), Várzea Grande (254.736), Rondonópolis (169.814), Sinop (103.868), Cáceres (90.391), Tangará da Serra (72.311), Barra do Garças (56.853), Sorriso (50.613), Alta Floresta (47.281) - 2006. Hora local: -1h. Habitante: mato-grossense.

POPULAÇÃO – 2.856.999 (2006). Densidade: 3,2 hab./km2 (2006). Cresc. dem.: 2,4% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 76,8% (2004). Domicílios: 791.678 (2005); Carência habitacional: 98.616 (2006); Acesso à água: 66,5% (2005); Acesso à rede de esgoto: 44,0% (2005). IDH: 0,773 (2000).

SAÚDE – Mort. infantil: 21,6 por mil nascimentos (2005). Médicos: 9,1 por 10 mil hab. (2005). Leitos hosp.: 2,0 por mil hab. (2005).

EDUCAÇÃO – Educ. infantil: 87.988 matrículas (81,3% na rede pública). Ensino fundamental: 601.445 matrículas (93,8% na rede pública). Ensino médio: 151.359 matrículas (89,9% na rede pública) - todos em 2005. Ensino superior: 64.598 matrículas (38,4% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 10,1% (2004); analfabetismo funcional: 24,3% (2004).

GOVERNO – Governador: Blairo Maggi (PPS). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.940.270 (1,5% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Palácio Paiaguás. Centro Político-Administrativo, Cuiabá. Tels. (65) 613-4100 / 4129.

ECONOMIA – Participação no PIB nacional: 1,6% (2004). Composição do PIB: agropec.: 40,8%; ind.: 19,0%; serv.: 40,2% (2004). PIB per capita: R$ 10.161 (2004). Export. (US$ 151,6 milhões): soja e derivados (83%), madeiras (5,6%), carnes (4,8%), algodão (3,3%). Import. (US$ 410,2 milhões): fertilizantes (66%), gás natural (23,7%) - 2005.

ENERGIA ELÉTRICA – Geração: 5.474 GWh; consumo: 3.885 GWh (2004).

TELECOMUNICAÇÕES – Telefonia fixa: 533,4 mil linhas (maio/2006); celulares: 1,6 milhões (abril/2006).

CAPITAL – Cuiabá. Habitante: cuiabano ou papa-peixe. Pop.: 4542.861 (2006). Automóveis: 169.626 (2006). Jornais diários: 3 (2006). Prefeito: Wilson Pereira dos Santos (PSDB). Nº de vereadores: 14 (2006). Data de fundação: 8/4/1719.

Mato GrossoFatos históricos:

De acordo com o Tratado de Tordesilhas, o atual estado de Mato Grosso, como quase todo o Centro-Oeste e a Região Norte, pertencia à Espanha. Por muito tempo sua exploração se limitou a esporádicas expedições de aventureiros e à atuação de missionários jesuítas espanhóis. Com o bandeirismo no século XVII e a descoberta de ouro no Brasil central no século XVIII, a região é invadida por exploradores. Em 1748 é criada a capitania de Mato Grosso, com sede em Vila Bela, posteriormente transferida para a vila de Cuiabá. Dois anos depois, a região é incorporada ao Brasil pelo Tratado de Madri.

No século XIX, com o declínio da mineração, o empobrecimento e o isolamento da província são inevitáveis. Alguma atividade agrícola e mercantil de subsistência sobrevive nos campos mais férteis do sul. O único meio de transporte até a capital é o navio, numa viagem pelo rio Paraguai. Com a República, esse isolamento vai sendo vencido com a ampliação da rede telegráfica pelo marechal Cândido Rondon, a navegação a vapor e a abertura de algumas estradas precárias. Esse avanço em infra-estrutura atrai seringueiros, criadores de gado, exploradores de madeira e de erva-mate para a região.

Separação - Como todo o Centro-Oeste, o estado de Mato Grosso beneficia-se da política de interiorização do desenvolvimento dos anos 40 e 50 e da política de integração nacional dos anos 70. A primeira é baseada principalmente na construção de Brasília e a segunda, nos incentivos aos grandes projetos agropecuários e de extrativismo, além dos investimentos em infra-estrutura, estradas e hidrelétricas. Com esses recursos, o estado prospera e atrai dezenas de milhares de migrantes. Sua população salta de 430 mil para 1,6 milhão de habitantes entre 1940 e 1970. O governo federal decreta a divisão do estado em 1977, alegando dificuldade em desenvolver a região diante da grande extensão e diversidade. No norte, menos populoso, mais pobre, sustentado ainda pela agropecuária extensiva e às voltas com graves problemas fundiários, fica Mato Grosso. No sul, mais próspero e mais populoso, é criado o Mato Grosso do Sul.

O estado de Mato Grosso apresenta relevo pouco acidentado e alterna um conjunto de grandes chapadas, no planalto mato-grossense, com altitudes médias entre 400 e 800 m, e áreas de planície pantaneira, sempre inundadas pelo rio Paraguai e seus afluentes. Três ecossistemas principais estão presentes: o pantanal, o cerrado e a floresta amazônica. O pantanal cobre 10% do estado e abriga quase mil espécies animais, incluindo cerca de 650 tipos de aves aquáticas. A vegetação do cerrado ocupa 40% de Mato Grosso, com altitude média de 600 m, enquanto a floresta Amazônica se estende por metade do estado.

No norte fica o Parque Nacional do Xingu, banhado pelas águas dos rios Araguaia e Xingu. Ali vivem diversas tribos indígenas, que preservam a tradição do Quarup, festa anual realizada em homenagem aos chefes mortos e aos novos líderes. O Parque Nacional da Chapada dos Guimarães, com 33 mil ha de cânions, cascatas, quedas-d'água, cavernas e sítios arqueológicos, com altitude média de 860 m, atrai visitantes de todo o Brasil.

Ameaça ambiental - O desmatamento e as queimadas, provocados por produtores rurais para a abertura de novas áreas de plantio ou de criação de gado, constituem as principais ameaças ao meio ambiente mato-grossense. Entre 1996 e 1999, foram derrubados quase 900 mil ha de floresta, de acordo com o Ibama. Entre junho e agosto de 1999, quase 40% dos focos de incêndio registrados no país se localizam em Mato Grosso, atingindo 20 mil ha de áreas de conservação ambiental. Como conseqüência, as nascentes dos principais rios sofrem os efeitos da erosão e do assoreamento causados pela destruição das matas ciliares. Estudos do INPE e da Nasa apontam que entre 2001 e 2004 o estado perdeu 38 mil km² de floresta sendo que 54,4 mil km² foram convertidos diretamente em plantações de soja.

Terceiro maior estado brasileiro, Mato Grosso torna-se um importante pólo de imigração nos anos 90. O desenvolvimento da agroindústria, além de trazer novos moradores, faz com que a economia do estado cresça a um ritmo superior à média do país. Entre 1990 e 1996, o PIB mato-grossense aumenta quase 4%, enquanto no mesmo período o crescimento do PIB brasileiro é de 2,8%. Um dos motivos é a política de benefícios fiscais adotada pelo governo estadual em conjunto com a Sudam. Até 2003, as empresas que pretendam instalar-se na região amazônica pagam apenas 25% de imposto de renda. Já o estado parcela em até 30 anos o pagamento do ICMS. No setor agrícola, os produtores de algodão têm um desconto de 75% no ICMS desde 1997, o que contribui para que Mato Grosso se torne líder nacional e responda por quase 41% da produção.

O rebanho bovino é, atualmente, o maior do país, com 26,064 milhões de cabeças (2007). Ele se concentra no norte e no sudeste do estado, e o manejo dos animais é feito com bom padrão tecnológico.

Desenvolvimento econômico - Mais de 20 anos após a formação de dois estados, Mato Grosso, que ficou com a região menos rica, apresenta crescimento expressivo. A principal força econômica está na agricultura, cujo crescimento é demonstrado por recordes na produção de soja e de algodão. Desde a divisão, a área plantada aumenta quatro vezes e a produção, 760%. A produtividade média da soja é de 2,8 mil kg por ha, igual à norte-americana e 20% superior à brasileira. A explosão agrícola multiplica o número de cidades: na época da divisão do estado, o norte tinha 38 municípios, hoje conta com 130. Nessas cidades interioranas, a maioria da população veio da Região Sul e impôs seus hábitos, como o chimarrão e o churrasco. Na capital, Cuiabá, a cultura pantaneira continua prevalecendo, apesar de pelo menos metade de seus quase mais de quinhentos mil habitantes ser formada por "forasteiros".

O escoamento da produção agrícola conta com os trens da Ferronorte, cujo primeiro trecho foi inaugurado em agosto de 2000, e com quatro hidrovias, que baratearam o transporte das safras em até 40%.

Entre 2003 e 2004 o estado teve o segundo maior crescimento econômico do país atrás apenas do Amazonas, com crescimento do PIB em 10,3% nesses anos. A agricultura é a maior força impulsionadora de sua economia sendo líder nacional na produção de algodão e soja (35% de toda produção nacional). O município de Sorriso tem a maior área plantada de soja do mundo, com 578 mil hectares (2005).

Densidade demográfica - Mato Grosso apresenta a menor densidade demográfica da região centro-oeste, com média de 3,2 habitantes por km2. E a população se distribui de forma desigual. Há desertos demográficos ao norte, onde a densidade gira em torno de 1,8 habitante por km2, e áreas urbanas como Cuiabá (120 habitantes por km2) e Várzea Grande (190 habitantes por km2). O maior crescimento populacional é registrado nas áreas onde a expansão da produção de grãos em escala comercial é recente, como Sorriso (9% ao ano) e Sinop (8,6%). Essas cidades recebem grande número de migrantes, vindos, sobretudo, da Região Norte.

Há uma grande concentração de terras no estado: as grandes propriedades, com mais de mil ha, representam 10,2% dos estabelecimentos agropecuários e ocupam 82,2% do território.

Centro-Oeste Goiás

- G O I Á S -

GEOGRAFIAÁrea: 340.086,7 km2. Relevo: planalto, chapadas e serras na maior parte e depressão ao norte. Ponto mais elevado: chapada dos Veadeiros (1.691 m). Rios principais: Paranaíba, Aporé, Araguaia, São Marcos, Corumbá, Claro, Paranã, Maranhão. Vegetação: cerrado com faixas de floresta tropical. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Goiânia (1.220.412), Aparecida de Goiânia (453.104), Anápolis (318.808), Luziânia (187.262), Águas Lindas de Goiás (168.919), Rio Verde (136.229), Valparaíso de Goiás (123.921), Trindade (102.430), Planaltina (98.491), Novo Gama (96.442), Formosa (92.331, Itumbiara (86.496) - 2006. Hora local: a mesma. Habitante: goiano.

POPULAÇÃO – 5.730.753 (2006). Densidade: 16,9 hab./km2 (2006). Cresc. dem.: 2,5% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 87,8% (2004). Domicílios: 1.698.103 (2006); carência habitacional: 198.275 (2006). Acesso à água: 77,0% (2005); acesso à rede de esgoto: 36,6% (2005). IDH: 0,776 (2000).

SAÚDEMort. infantil: 20,7 por mil nascimentos (2005). Médicos: 11,4 por 10 mil hab. (2005). Leitos hosp.: 2,5 por mil hab. (2005).

EDUCAÇÃOEduc. infantil: 158.670 matrículas (60,0% na rede pública). Ensino fundamental: 1.029.132 matrículas (86,3% na rede pública). Ensino médio: 270.352 matrículas (86,7% na rede pública) - todas em 2005. Ensino superior: 144.406 matrículas (30,6% na rede pública - 2004. Analfabetismo: 10,7% (2004); analfabetismo funcional: 23,7% (2004).

GOVERNOGovernador: Alcides Rodrigues (PP). Senadores: 3. Dep. federais: 17. Dep. estaduais: 41. Eleitores: 3.734.185 (3,0% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: Palácio das Esmeraldas. Praça Doutor Ludovico Teixeira, 1, centro, Goiânia. Tel. (62) 213-4500.

ECONOMIAParticipação no PIB nacional: 2,3% (2004). Composição do PIB: agropec.: 20,7%; ind.: 35,4%; serv.: 43,9% (2004). PIB per capita: R$ 7.500 (2004). Export. (US$ 1,8 bilhões): soja e derivados (49,2%), carne de boi (10,5%), ouro em barra e fios (9,1%), outras carnes (7,5%), ferroliga (7,4%), outros de origem vegetal (6,6%), amianto (4,4%), couros e peles (4%). Import. (US$ 724 milhões): veículos e peças (30,5%), fertilizantes (16,3%), máquinas e equipamentos (7,5%), azeite de oliva e azeitonas (7,2%), outros de origem vegetal (6,3%) - 2005.

ENERGIA ELÉTRICAGeração: 22.914 GWh; consumo: 7.057 GWh (2004).

TELECOMUNICAÇÕESTelefonia fixa: 1,3 milhão de linhas (maio/2006); celulares: 3,3 milhões (abril/2006).

CAPITAL – Goiânia. Habitante: goianiense. Pop.: 1.220.412 (2006). Automóveis: 605.243 (2006). Jornais diários: 2 (2006).Prefeito: Íris Rezende Machado (PMDB). Nº de vereadores: 26 (2006). Data de fundação: 24/10/1933.

Goiás
Fatos históricos:

As primeiras e escassas notícias da região vêm de expedições enviadas ao interior da colônia e das andanças dos bandeirantes atrás de mão-de-obra indígena e de pedras e metais preciosos. Essa atividade sertanista se intensifica no século XVII, principalmente a partir de 1650, e cresce ainda mais no início do século seguinte. A Guerra dos Emboabas afasta os paulistas de Minas Gerais e os lança à procura de ouro no interior de Goiás. Eles partem de São Paulo rumo noroeste pelas trilhas dos índios, o "caminho dos goiases".

O ouro surge com fartura em rios, córregos e encostas de Goiás e de Mato Grosso por volta de 1720. Nas décadas seguintes, milhares de aventureiros, mineradores e comerciantes são atraídos para as lavras. Os arraiais transformam-se em vilas, e Goiás torna-se capitania independente em 1748. O nome da sede, antes Vila Boa, muda para Goiás, tradicionalmente chamada de Goiás Velho. No fim do século XVIII, a capitania responde por cerca de 20% da produção de ouro da colônia, o que representa uma média anual de 500 arrobas (entre 6 e 7,5 t), exportadas do Rio de Janeiro.

Com o esgotamento das jazidas no século XIX, a economia goiana volta-se para a agropecuária de subsistência. O isolamento físico e político da província aumenta no império. Durante a república, Goiás beneficia-se do crescimento da navegação a vapor e da extensão da rede telegráfica, que aproxima o interior dos grandes centros.

Investimentos - No fim do século XIX, o estado volta a receber migrantes. Entre 1890 e 1920, a população dobra e ultrapassa meio milhão de habitantes. A agropecuária amplia-se, principalmente com a criação de gado e com as plantações de arroz e café. A Revolução de 1930 provoca importantes transformações econômicas e políticas no estado, como a construção da cidade planejada de Goiânia, que em 1942 passa a ser a capital. A construção de Brasília, em 1960, em um quadrilátero cedido por Goiás ao Distrito Federal, contribui para o desenvolvimento da região e do estado, que recebe maiores investimentos em infra-estrutura. Isso atrai nova corrente migratória e garante significativo crescimento da agropecuária.

Em 1988, Goiás é dividido e sua porção norte passa a constituir o estado do Tocantins. O objetivo é estimular o desenvolvimento na Região Norte, onde estão as maiores carências sociais e as disputas pela posse de terras provocadas pela concentração da propriedade fundiária.

É o mais central dos estados brasileiros e o mais populoso da Região Centro-Oeste. Sua ocupação se inicia com a corrida do ouro do século XVII, quando é desbravado pelos bandeirantes paulistas em busca de riquezas minerais. Hoje, os aventureiros são os turistas.

Atrações turísticas - Goiás tem o relevo marcado por amplos planaltos e chapadões. A vegetação predominante é o cerrado, entremeado por campos e matas nas áreas de várzeas. Como acontece em todo o Centro-Oeste, a região apresenta períodos de chuva e de seca bem demarcados. No auge da estiagem, de junho a setembro, a queda do nível das águas do rio Araguaia faz emergir quase 2 mil km de praias, tornando a região uma das principais atrações do estado. A 132 km de Goiânia, Goiás - ou Goiás Velho, como também é conhecida -, antiga capital goiana, também atrai visitantes com seus sobrados coloniais e igrejas de arquitetura barroca. Em direção ao sul do estado, a cidade de Caldas Novas recebe em média 1 milhão de turistas por ano, em busca de suas fontes de água quente.

No sudeste, o município de Chapadão do Céu abriga o Parque Nacional das Emas, a 840 m de altitude. A região registra freqüentes incêndios, principalmente na época da seca, muitos deles queimadas provocadas por fazendeiros. Sua fauna e flora, porém, ricas em espécies representativas do cerrado, permanecem razoavelmente resguardadas. No extremo nordeste do estado, o Distrito Espeleológico de São Domingos revela os maiores conjuntos de cavernas da América do Sul, como o de São Mateus, com 20,5 mil metros de extensão. Nas imediações fica o Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, com cânions, vales, saltos e cachoeiras.

Agropecuária - Conciliar a expansão da agroindústria e da pecuária com a preservação do cerrado, uma das regiões mais ricas do mundo em biodiversidade, é um dos principais desafios de Goiás. Ao mesmo tempo que possui o terceiro maior rebanho de gado bovino do país e ocupa a liderança na produção de grãos, o estado convive com graves danos ambientais provocados pela ocupação predatória do território.

O desenvolvimento da agroindústria se dá no decorrer dos anos 90, em virtude da política de incentivos fiscais. A recente instalação de empresas alimentícias transforma Goiás em um dos principais pólos de produção de tomate. Anualmente são colhidos em torno de 22% da safra brasileira. Além disso, o estado é o segundo maior produtor de algodão em pluma (atrás de Mato Grosso do Sul), possui a quarta maior área cultivada com soja no Brasil e ocupa o quinto lugar no cultivo de milho. A safra de girassol cresce e Goiás passa a responder por 70% da produção nacional.

Danos ambientais - A expansão da agropecuária, entretanto, tem causado prejuízos ao cerrado goiano. As matas ciliares são destruídas e as reservas permanentes, desmatadas, cedendo lugar ao gado bovino e às plantações. Na região das nascentes do rio Araguaia, há focos de erosão provocados pelo desmatamento para a implantação de pastagens, o que produz as voçorocas - erosões profundas, praticamente incontroláveis, que atingem o lençol freático. Algumas chegam a medir 1,5 km de extensão, por 100 m de largura e 30 m de profundidade.

Esses problemas, aliados ao assoreamento dos rios, fazem com que Goiás enfrente crise no abastecimento de água, situação agravada nos períodos de estiagem prolongada. A vazão dos mananciais, em 1999, alcança os mais baixos níveis desde 1989, de acordo com a Secretaria do Meio Ambiente - os reservatórios atingem 40% de sua capacidade. O governo chega a estudar o racionamento de água para as maiores cidades, como Goiânia, Anápolis e Luziânia. Hoje em dia há diversos grupos de trabalho criados para tratar desse assunto.

Ferrovia Norte-Sul - Em maio de 2000, o governo estadual assina convênio com uma empreiteira para a construção do primeiro trecho da Ferrovia Norte-Sul em território goiano, com data para o início da obras em junho. Com 1.391 km, entre Belém (PA) e Senador Canedo (GO), representará expressiva economia com fretes, em comparação com o transporte por caminhões. Também já está nos planos do governo a construção de um ramal da Ferrovia Leste-Oeste, na região sudoeste do estado, maior área de produção de grãos, para seu escoamento rumo aos centros de consumo do Sul e do Sudeste.

Pólo farmacêutico - Em maio de 2000, entra em fase de consolidação a implantação de pólo farmoquímico, produtor de matérias-primas para a indústria de medicamentos, em Anápolis, onde já existe um pólo farmacêutico. Os novos laboratórios farmoquímicos se somam aos oito farmacêuticos de médio e grande portes já instalados no Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) e que faturaram acima de 500 milhões de reais por ano. Também há crescimento desse setor em Valparaíso de Goiás, próximo a Brasília. A expansão do setor está ligada à aprovação da Lei dos Medicamentos Genéricos, que abriu para os laboratórios a perspectiva de ampliar sua participação no mercado interno.

Aspectos sociais - Goiás é o estado mais populoso do Centro-Oeste, concentrando 43% da população total da região. Após o ano 2000, tem um crescimento demográfico ligeiramente superior ao da década anterior, com índices próximos a 2,5%, em comparação com o avanço médio de 1,4% em todo o país. Tal fato se explica pelo aumento da migração em direção às regiões próximas de Goiânia e dos municípios vizinhos ao Distrito Federal.

A renda per capita goiana é a menor do Centro-Oeste, segundo o Instituto de Pesquisa Econômico Aplicado (Ipea), e inferior à renda média brasileira. O número de domicílios com abastecimento de água e esgotos e serviços de coleta de lixo também se encontra abaixo da média nacional. As grandes propriedades rurais (mais de mil ha) representam apenas 4,9% dos estabelecimentos agrários do estado e controlam 47,1% do território goiano. As pequenas propriedades (até 100 ha) correspondem a 60,5% do total de propriedades, mas ocupam apenas 9,2% da área do estado. A concentração fundiária tem alimentado, nos últimos anos, inúmeros conflitos pela posse da terra.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Economia da Região Centro-oeste

Goiás:

Pontos Turísticos :


Pantanal

Chapada dos Guimarães:

Trilhas levam a formações rochosas de todos os tamanhos, mirantes com vista para a planície pantaneira, cachoeiíras, cavernas e piscinas naturais. O parque fica próximo de Cuiabá, mas a pequena cidade de Chapada dos Guimarães oferece opções de hospedagem e guias para os passeios. Um deles é ir até a Gruta da Lagoa Azul, uma extensão da Caverna Aroe Jari com lago de águas cristalinas que, por causa de uma reação química natural, possui tons azulados. Com água em torno de 18ºC, é um bom local para se banhar após a caminhada de 3 h, feita normalmente sob o forte calor do cerrado.



Bonito:

É um dos paraísos ecológicos do país. Algumas das atrações: Gruta do Logo Azul; mergulhos em águas cristalinas repletos de peixes nos rios da Prata, do Peixe e no Sucuri e Aquário Natural; caminhadas em trilhas pelo mato no Parque das Cachoeiras e na Cachoeira do Rio Aquidabã; passeios de bote nas corredeiras do Rio Formoso.Todas as atrações estão em áreas particulares e são organizadas por agências de turismo. Na alta temporada recomendo-se reservar os passeies com antecedência.




Planalto Central

Brasilia:

Planejado pelos arquitetos Lúcio Casta e Oscar Niemayer, a cidade é uma grande atração turística e sua construção, um marco da arquitetura moderna, que lhe valeu o título de Patrimônio Cultural da Humanidade. Destacam-se o conjunto formado pela Praça dosTrês Poderes (Palácio do Planalto, Congresso e SupremoTribunal Federal) e pela EspIanada dos Ministérios, onde ficam o Palácio do Itamaraty e a Catedral Metropolitana. Desde a inauguração em 1960, a capital transformou-se numa cidade mistica, atraindo dezenas do seitas religiosas e visitantes para os templos construídos nos arredores. O turismo rural é a novo opção de lazer para sair da cidade, vazia nos finais de semana.




Caldas Novas:

O maior pólo turístico do Estado recebe anualmente mais do 1 milhão de visitantes. Os hotéis mais estruturados oferecem , parques de águas termais com propriedades medicinais. Reaberto ao público, o Parque Estadual da Serra de Caldas (onde nasce o rio que abastece a Pousada do Rio Quente) oferece trilhas na vegetação do cerrado.




Alto Paraíso de Goías :

A cidade serve de base para conhecer a Chapada dos Veadeiros, com rios, cachoeiras e trilhas na mata. Além do Parque Nacional, muito procurado por místicos, há dezenas de atrações naturais. Para quem busca aventura, existem alguns locais de difícil acesso que podem ser explorados com a ajuda de guias mais experientes.

Relevo Centro-Oeste

Relevo

Mapa físico da Região Centro-Oeste do Brasil.
Como em quase todo o território brasileiro, o relevo da região é marcado por unidades suaves, raramente ultrapassando mil metros de altitude. O relevo da Região Centro-Oeste é composto por três unidades dominantes:
Planalto Central
Planalto Meridional
Planície do Pantanal

Planalto Central
O Planalto Central é um grande bloco rochoso, formado por rochas cristalinas, sobre as quais se apóiam camadas de rochas sedimentares. Existem trechos em que as rochas cristalinas aparecem livres dessa cobertura sedimentar, surgindo aí um relevo ondulado. Nas áreas em que as rochas cristalinas estão cobertas pelas camadas sedimentares, são comuns as chapadas, com topos planos e encostas que caem repentinamente e recebem o nome de ‘’serras’’. Nestas regiões, as chapadas possuem a denominação de chapadões.
As chapadas estão presentes na maior parte da região, e em Mato Grosso podem ser citados a Chapada dos Parecis, a oeste, e a Chapada dos Veadeiros, a nordeste; em Goiás, pode ser citado a Chapada dos Veadeiros, ao norte; na divisa com o Nordeste destaca-se o Espigão Mestre, que funciona como divisor de águas da bacia do Tocantins e da bacia do São Francisco.

Planície do Pantanal

Período de cheia no Pantanal.

Pantanal
O Pantanal é uma planície inundável de formação recente, cuja altitude média é de aproximadamente 110 metros. É, portanto, uma depressão relativa situada entre os planaltos Central, Meridional e relevo pré-andino. Periodicamente, a Planície do Pantanal é inundada pelo Rio Paraguai e seus afluentes. O relevo da planície tem duas feições principais:
Cordilheiras: Pequenas elevações que não sofrem inundações;
Baías ou lagos: Partes mais baixas, de formatos circulares, inundadas durante a estação chuvosa, formando lagoas.

Planalto Meridional
O Planalto Meridional se estende da Região Sul até os Estados de Mato Grosso do Sul e Goiás. Nele são encontrados os solos mais férteis de todo o Centro-Oeste – a terra roxa que aparece em forma de manchas no sul de Goiás e em Mato Grosso do Sul.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Centro-Oeste destrito federal.

Centro-oeste

Distrito federal:

GEOGRAFIAÁrea: 5.801,9 km2. Relevo: planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico do Roncador, na serra do Sobradinho (1.341 m). Rios principais: Paranoá, Preto, Santo Antônio do Descoberto, São Bartolomeu. Vegetação: cerrado. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Brasília (2.383.784 - 2006. Hora local: a mesma. Habitante: brasiliense.

POPULAÇÃO – 2.383.784 - 2006. Densidade: 410,9 hab./km2 (2006). Cresc. dem.: 2,8% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 94,8% (2004). Domicílios: 675.709 - 2005; carência habitacional: 111.422 (2006). Acesso à água: 91,0%; acesso à rede de esgoto: 94,3% (2000). IDH: 0,844 (2000).

SAÚDEMort. infantil: 17,8 por mil nascimentos (2005). Médicos: 30,6 por 10 mil hab. (2005). Leitos hosp.: 2,0 por mil hab. (2005).

EDUCAÇÃOEduc. infantil: 97.810 matrículas (53,9% na rede pública). Ensino fundamental: 379.982 matrículas (79,2% na rede pública). Ensino médio: 112.177 matrículas (78,3% na rede pública) - todos em 2005. Ensino superior: 111.064 matrículas (17,2% na rede pública - 2005). Analfabetismo: 4,2% (2004); analfabetismo funcional: 11,9% (2004).

GOVERNOGovernador: José Roberto Arruda (PFL). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.655.050 (1,3% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: QNG Área Especial 01, Lote 22, CEP
72.118-900, Taguatinga (DF) - telefone: 156.

ECONOMIAParticipação no PIB nacional: 2,5% (2004). Composição do PIB: agropec.: 0,4%; ind.: 7,1%; serv.: 92,5% (2004). PIB per capita: R$ 19.070 (2004). Export. (US$ 59,7 milhões): soja em grão (77,1%), ouro em barras e fios (16,4%). Import. (US$ 736,8 milhões): medicamentos (46%), instrumentos médicos (15%), bens de informática (9,9%), automação postal (7%) - 2005.

ENERGIA ELÉTRICAGeração: 113 GWh; consumo: 3.569 GWh (2004).

TELECOMUNICAÇÕESTelefonia fixa: 897,3 mil linhas (maio/2006); celulares: 2,8 milhões (abril/2006).

CAPITAL – Brasília. Habitante: brasiliense. Pop.: 2.383.784 (2006). Automóveis: 910.098 (abril/2007). Jornais diários: 05 (2006). Data de fundação: 21/4/1960.


Fatos históricos:

Após a independência, José Bonifácio apresenta à Assembléia Constituinte proposta de transferência da capital do império do Rio de Janeiro para o interior do país. Muitos políticos, jornalistas e intelectuais da época defendem a mudança. Uma capital no interior do país garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e abriria novas frentes de desenvolvimento. A idéia é incorporada pela Constituição republicana de 1891. No ano seguinte, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, chefiada pelo geógrafo belga Luís Cruls, demarca um lugar para o novo Distrito Federal. A área, conhecida como Retângulo Cruls, possui um trecho escolhido em 1954 para sediar a nova capital.

Brasília é construída em 41 meses, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, com o trabalho de 30 mil operários. Com projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital é inaugurada em 21 de abril de 1960, data escolhida em homenagem a Tiradentes. No ano de fundação, a cidade já conta com 150 mil habitantes, entre funcionários públicos, instalados no Plano Piloto (parte central), e candangos, operários migrantes que trabalharam na construção da capital, moradores das cidades-satélites.

A população aumenta rapidamente à medida que a estrutura político-burocrática se instala em Brasília. Por causa da necessidade estratégica da rápida ocupação da região, a elite do serviço público vê-se atraída por salários superiores aos da média brasileira. Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de migrantes passam a residir nas cidades-satélites. Em 30 anos, o Distrito Federal alcança 1,7 milhão de habitantes, uma das mais altas taxas de crescimento demográfico do país. Em 1988, com a nova Constituição, o Distrito ganha plena autonomia e passa a eleger diretamente seu governador e deputados.

Regiões Administrativas - O Distrito Federal constitui uma unidade atípica na federação. Não é um estado nem possui municípios. Consiste em um território autônomo, dividido em regiões administrativas. Exceto Brasília, capital federal e sede do governo do Distrito Federal, as demais regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites. Mantêm certa autonomia administrativa, mas suas atividades econômicas e sociais dependem de Brasília.

Em 1961 criam-se as primeiras subprefeituras: Planaltina, Taguatinga, Sobradinho, Gama, Paranoá, Brazlândia e Núcleo Bandeirante. Em 1964, as subprefeituras são substituídas por regiões administrativas. Em 1989 são incluídas quatro novas regiões administrativas (Ceilândia, Guará, Cruzeiro e Samambaia); em 1993, mais quatro (Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo); e em 1994 as três últimas (Lago Sul, Lago Norte e Candangolândia).

Dividido em 19 regiões administrativas, o Distrito Federal está encravado no estado de Goiás, no Planalto Central, a uma altitude média de 1,1 mil m. Seu relevo é plano, com a predominância do cerrado e o clima demarcado por duas estações. As chuvas acontecem entre outubro e março e se tornam escassas depois de abril. Depois, a temperatura baixa e chega a atingir perto de 10º C em junho e julho. Durante a estiagem, a umidade relativa do ar alcança níveis críticos, particularmente nos horários mais quentes do dia. Entre novembro e abril, a qualidade do ar melhora, favorecida pela evaporação das águas do lago Paranoá. Com quase 40 km2 de área e 500 milhões de m3 de água, esse lago artificial foi projetado para amenizar as severas condições climáticas do inverno.

Patrimônio da humanidade - Sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Brasília é a principal atração do Distrito Federal. Com largas avenidas, que permitem rápida ligação entre os pontos mais extremos do Plano Piloto, a cidade abriga, além do Palácio do Planalto, sede do governo federal, e o Palácio da Alvorada, residência presidencial, o Congresso, o Superior Tribunal Federal, ministérios, órgãos públicos e embaixadas. Em 1987, a Unesco declara Brasília patrimônio cultural da humanidade por seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX para ser uma capital.

Centro do poder e da burocracia federal, recebe constante afluxo de pessoas de todos os estados brasileiros e de outras nações. Atrai também místicos - muitos deles construíram nas imediações templos de diversas religiões e seitas. Essa diversidade cultural, que permite encontrar os mais variados sotaques, costumes e comidas típicas, é a característica marcante da cidade.

Os 40 anos de criação do Distrito Federal, comemorados em abril de 2000, são marcados por mudanças na paisagem urbana e na economia da região. Estimulados por incentivos que vão desde a isenção total do imposto predial e territorial urbano (IPTU) por dez anos até o financiamento do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) por oito anos, os investimentos na área de construção civil são de 1 bilhão de reais em 1999. A participação desse setor representa 6,9% do PIB distrital, mais que o dobro do que representava no início da década, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esses incentivos atraem novos empreendimentos no comércio e na informática, o que transforma Brasília em importante centro de produção de softwares.

A economia do Distrito Federal está mudando de perfil e o setor privado está suplantando o setor público. Por meio de incentivos fiscais, o governo distrital quer trazer, em 2000, para seu parque industrial pelo menos 60 empresas, especialmente das áreas de alimentos, tecnologia de ponta (produção de software) e de comércio em geral. A previsão é de que sejam criados uma média de 20 mil empregos. O Distrito Federal tem cerca de 180 mil desempregados.

A capital federal é totalmente dependente da União: dos 4,2 bilhões de reais arrecadados em 1998, mais de 2,2 bilhões vieram dos cofres federais. Como outros estados, o Distrito Federal gasta mais do que arrecada: nesse mesmo ano, as despesas somam 4,3 bilhões de reais. Por abrigar o primeiro escalão da burocracia federal, depende de repasses da União para sustentar sua folha de pagamentos e é com esses recursos que paga os funcionários da saúde, da educação e da segurança. Se o Distrito Federal tivesse de pagar o funcionalismo desses setores, ultrapassaria o limite da Lei Camata, que fixa um teto de 60% da receita para a folha de pagamentos.

O Aspectos sociais e demográficos - O Distrito Federal apresenta a maior renda per capita do Brasil - mais que o dobro da média nacional, segundo informações do Ipea. O desemprego, contudo, atinge 21% da população economicamente ativa de acordo com informações do governo local. Os trabalhadores menos qualificados das cidades-satélites - regiões administrativas ao redor de Brasília - são os mais afetados. Mesmo assim, a desigualdade social no Distrito Federal é mais equilibrada que a média do país. A população com renda mais baixa, equivalente a 45% da população ocupada do Distrito, detém quase um terço da renda da região. No país, as pessoas com renda mais baixa - 50% dos brasileiros ocupados - representam apenas 14% da renda nacional, de acordo com o IBGE.

Embora sua densidade demográfica seja a mais alta do Brasil, de 410,9 habitantes por km2, o risco de uma explosão populacional parece afastado. Números do IBGE e do GDF mostram que a taxa de crescimento demográfico recua de 14,4% na década de 60 para 2,8% em 2006. O contrário, porém, acontece nas cidades-satélites, especialmente Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo, que, entre 1991 e 2006, tiveram um aumento populacional acima de 600%.

Educação e política - Na área educacional, o Distrito Federal possui os melhores índices de escolaridade do país, com uma taxa de alfabetização de 95,8%, de acordo com o índice de desenvolvimento humano (IDH). De 1992 a 2006, o total de matrículas nas escolas públicas de ensino médio cresce 33,4%, como reflexo, entre outros fatores, dos resultados do Programa Bolsa-Escola, adotado desde a administração do governador Cristóvam Buarque, do Partido dos Trabalhadores (PT). Recomendado em 1997 pela Unesco como modelo, o programa consome 1% das receitas orçamentárias do Distrito Federal ao pagar um salário mínimo mensal às famílias carentes que mantêm filhos na escola. Em novembro de 1999, o governador Joaquim Roriz, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), anuncia que o Bolsa-Escola fica mantido apenas para as famílias já favorecidas por ele. As demais são beneficiadas por um novo programa de distribuição de cestas básicas, uniformes e material escolar. Em 2007 o novo governador eleito, José Roberto Arruda (PFL), transfere a sede do governo (Palácio do Buriti), no Plano Piloto, para Taguatinga (cidade-satélite com uma das maiores taxas de arrecadação de ICMS do país) e diminui em mais de 50% as secretarias e os cargos comissionados, devolve à locadoras 600 veículos alugados para uso público e descentraliza a administração, pagando, com essas economias, mais de R$ 400 milhões, somente no 1º trimestre do ano, de dívidas herdadas da administração anterior (PMDB - Joaquim Roriz e Maria de Lourdes Abadia).

GEOGRAFIAÁrea: 5.801,9 km2. Relevo: planalto de topografias suaves. Ponto mais elevado: pico do Roncador, na serra do Sobradinho (1.341 m). Rios principais: Paranoá, Preto, Santo Antônio do Descoberto, São Bartolomeu. Vegetação: cerrado. Clima: tropical. Municípios mais populosos: Brasília (2.383.784 - 2006. Hora local: a mesma. Habitante: brasiliense.

POPULAÇÃO – 2.383.784 - 2006. Densidade: 410,9 hab./km2 (2006). Cresc. dem.: 2,8% ao ano (1991-2006). Pop. urb.: 94,8% (2004). Domicílios: 675.709 - 2005; carência habitacional: 111.422 (2006). Acesso à água: 91,0%; acesso à rede de esgoto: 94,3% (2000). IDH: 0,844 (2000).

SAÚDEMort. infantil: 17,8 por mil nascimentos (2005). Médicos: 30,6 por 10 mil hab. (2005). Leitos hosp.: 2,0 por mil hab. (2005).

EDUCAÇÃOEduc. infantil: 97.810 matrículas (53,9% na rede pública). Ensino fundamental: 379.982 matrículas (79,2% na rede pública). Ensino médio: 112.177 matrículas (78,3% na rede pública) - todos em 2005. Ensino superior: 111.064 matrículas (17,2% na rede pública - 2005). Analfabetismo: 4,2% (2004); analfabetismo funcional: 11,9% (2004).

GOVERNOGovernador: José Roberto Arruda (PFL). Senadores: 3. Dep. federais: 8. Dep. estaduais: 24. Eleitores: 1.655.050 (1,3% do eleitorado brasileiro - 2006). Sede do governo: QNG Área Especial 01, Lote 22, CEP 72.118-900, Taguatinga (DF) - telefone: 156.

ECONOMIAParticipação no PIB nacional: 2,5% (2004). Composição do PIB: agropec.: 0,4%; ind.: 7,1%; serv.: 92,5% (2004). PIB per capita: R$ 19.070 (2004). Export. (US$ 59,7 milhões): soja em grão (77,1%), ouro em barras e fios (16,4%). Import. (US$ 736,8 milhões): medicamentos (46%), instrumentos médicos (15%), bens de informática (9,9%), automação postal (7%) - 2005.

ENERGIA ELÉTRICAGeração: 113 GWh; consumo: 3.569 GWh (2004).

TELECOMUNICAÇÕESTelefonia fixa: 897,3 mil linhas (maio/2006); celulares: 2,8 milhões (abril/2006).

CAPITAL – Brasília. Habitante: brasiliense. Pop.: 2.383.784 (2006). Automóveis: 910.098 (abril/2007). Jornais diários: 05 (2006). Data de fundação: 21/4/1960.

Fatos históricos:

Após a independência, José Bonifácio apresenta à Assembléia Constituinte proposta de transferência da capital do império do Rio de Janeiro para o interior do país. Muitos políticos, jornalistas e intelectuais da época defendem a mudança. Uma capital no interior do país garantiria a ocupação de terras quase despovoadas e abriria novas frentes de desenvolvimento. A idéia é incorporada pela Constituição republicana de 1891. No ano seguinte, a Comissão Exploradora do Planalto Central do Brasil, chefiada pelo geógrafo belga Luís Cruls, demarca um lugar para o novo Distrito Federal. A área, conhecida como Retângulo Cruls, possui um trecho escolhido em 1954 para sediar a nova capital.

Brasília é construída em 41 meses, durante o governo do presidente Juscelino Kubitschek, com o trabalho de 30 mil operários. Com projeto urbanístico de Lúcio Costa e arquitetônico de Oscar Niemeyer, a nova capital é inaugurada em 21 de abril de 1960, data escolhida em homenagem a Tiradentes. No ano de fundação, a cidade já conta com 150 mil habitantes, entre funcionários públicos, instalados no Plano Piloto (parte central), e candangos, operários migrantes que trabalharam na construção da capital, moradores das cidades-satélites.

A população aumenta rapidamente à medida que a estrutura político-burocrática se instala em Brasília. Por causa da necessidade estratégica da rápida ocupação da região, a elite do serviço público vê-se atraída por salários superiores aos da média brasileira. Ao mesmo tempo, dezenas de milhares de migrantes passam a residir nas cidades-satélites. Em 30 anos, o Distrito Federal alcança 1,7 milhão de habitantes, uma das mais altas taxas de crescimento demográfico do país. Em 1988, com a nova Constituição, o Distrito ganha plena autonomia e passa a eleger diretamente seu governador e deputados.

Regiões Administrativas - O Distrito Federal constitui uma unidade atípica na federação. Não é um estado nem possui municípios. Consiste em um território autônomo, dividido em regiões administrativas. Exceto Brasília, capital federal e sede do governo do Distrito Federal, as demais regiões administrativas são conhecidas como cidades-satélites. Mantêm certa autonomia administrativa, mas suas atividades econômicas e sociais dependem de Brasília.

Em 1961 criam-se as primeiras subprefeituras: Planaltina, Taguatinga, Sobradinho, Gama, Paranoá, Brazlândia e Núcleo Bandeirante. Em 1964, as subprefeituras são substituídas por regiões administrativas. Em 1989 são incluídas quatro novas regiões administrativas (Ceilândia, Guará, Cruzeiro e Samambaia); em 1993, mais quatro (Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo); e em 1994 as três últimas (Lago Sul, Lago Norte e Candangolândia).

Dividido em 19 regiões administrativas, o Distrito Federal está encravado no estado de Goiás, no Planalto Central, a uma altitude média de 1,1 mil m. Seu relevo é plano, com a predominância do cerrado e o clima demarcado por duas estações. As chuvas acontecem entre outubro e março e se tornam escassas depois de abril. Depois, a temperatura baixa e chega a atingir perto de 10º C em junho e julho. Durante a estiagem, a umidade relativa do ar alcança níveis críticos, particularmente nos horários mais quentes do dia. Entre novembro e abril, a qualidade do ar melhora, favorecida pela evaporação das águas do lago Paranoá. Com quase 40 km2 de área e 500 milhões de m3 de água, esse lago artificial foi projetado para amenizar as severas condições climáticas do inverno.

Patrimônio da humanidade - Sede dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, Brasília é a principal atração do Distrito Federal. Com largas avenidas, que permitem rápida ligação entre os pontos mais extremos do Plano Piloto, a cidade abriga, além do Palácio do Planalto, sede do governo federal, e o Palácio da Alvorada, residência presidencial, o Congresso, o Superior Tribunal Federal, ministérios, órgãos públicos e embaixadas. Em 1987, a Unesco declara Brasília patrimônio cultural da humanidade por seu valor arquitetônico e por ter sido a primeira cidade construída no século XX para ser uma capital.

Centro do poder e da burocracia federal, recebe constante afluxo de pessoas de todos os estados brasileiros e de outras nações. Atrai também místicos - muitos deles construíram nas imediações templos de diversas religiões e seitas. Essa diversidade cultural, que permite encontrar os mais variados sotaques, costumes e comidas típicas, é a característica marcante da cidade.

Os 40 anos de criação do Distrito Federal, comemorados em abril de 2000, são marcados por mudanças na paisagem urbana e na economia da região. Estimulados por incentivos que vão desde a isenção total do imposto predial e territorial urbano (IPTU) por dez anos até o financiamento do imposto sobre a circulação de mercadorias e serviços (ICMS) por oito anos, os investimentos na área de construção civil são de 1 bilhão de reais em 1999. A participação desse setor representa 6,9% do PIB distrital, mais que o dobro do que representava no início da década, segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Esses incentivos atraem novos empreendimentos no comércio e na informática, o que transforma Brasília em importante centro de produção de softwares.

A economia do Distrito Federal está mudando de perfil e o setor privado está suplantando o setor público. Por meio de incentivos fiscais, o governo distrital quer trazer, em 2000, para seu parque industrial pelo menos 60 empresas, especialmente das áreas de alimentos, tecnologia de ponta (produção de software) e de comércio em geral. A previsão é de que sejam criados uma média de 20 mil empregos. O Distrito Federal tem cerca de 180 mil desempregados.

A capital federal é totalmente dependente da União: dos 4,2 bilhões de reais arrecadados em 1998, mais de 2,2 bilhões vieram dos cofres federais. Como outros estados, o Distrito Federal gasta mais do que arrecada: nesse mesmo ano, as despesas somam 4,3 bilhões de reais. Por abrigar o primeiro escalão da burocracia federal, depende de repasses da União para sustentar sua folha de pagamentos e é com esses recursos que paga os funcionários da saúde, da educação e da segurança. Se o Distrito Federal tivesse de pagar o funcionalismo desses setores, ultrapassaria o limite da Lei Camata, que fixa um teto de 60% da receita para a folha de pagamentos.

O Aspectos sociais e demográficos - O Distrito Federal apresenta a maior renda per capita do Brasil - mais que o dobro da média nacional, segundo informações do Ipea. O desemprego, contudo, atinge 21% da população economicamente ativa de acordo com informações do governo local. Os trabalhadores menos qualificados das cidades-satélites - regiões administrativas ao redor de Brasília - são os mais afetados. Mesmo assim, a desigualdade social no Distrito Federal é mais equilibrada que a média do país. A população com renda mais baixa, equivalente a 45% da população ocupada do Distrito, detém quase um terço da renda da região. No país, as pessoas com renda mais baixa - 50% dos brasileiros ocupados - representam apenas 14% da renda nacional, de acordo com o IBGE.

Embora sua densidade demográfica seja a mais alta do Brasil, de 410,9 habitantes por km2, o risco de uma explosão populacional parece afastado. Números do IBGE e do GDF mostram que a taxa de crescimento demográfico recua de 14,4% na década de 60 para 2,8% em 2006. O contrário, porém, acontece nas cidades-satélites, especialmente Santa Maria, São Sebastião, Recanto das Emas e Riacho Fundo, que, entre 1991 e 2006, tiveram um aumento populacional acima de 600%.

Educação e política - Na área educacional, o Distrito Federal possui os melhores índices de escolaridade do país, com uma taxa de alfabetização de 95,8%, de acordo com o índice de desenvolvimento humano (IDH). De 1992 a 2006, o total de matrículas nas escolas públicas de ensino médio cresce 33,4%, como reflexo, entre outros fatores, dos resultados do Programa Bolsa-Escola, adotado desde a administração do governador Cristóvam Buarque, do Partido dos Trabalhadores (PT). Recomendado em 1997 pela Unesco como modelo, o programa consome 1% das receitas orçamentárias do Distrito Federal ao pagar um salário mínimo mensal às famílias carentes que mantêm filhos na escola. Em novembro de 1999, o governador Joaquim Roriz, do Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), anuncia que o Bolsa-Escola fica mantido apenas para as famílias já favorecidas por ele. As demais são beneficiadas por um novo programa de distribuição de cestas básicas, uniformes e material escolar. Em 2007 o novo governador eleito, José Roberto Arruda (PFL), transfere a sede do governo (Palácio do Buriti), no Plano Piloto, para Taguatinga (cidade-satélite com uma das maiores taxas de arrecadação de ICMS do país) e diminui em mais de 50% as secretarias e os cargos comissionados, devolve à locadoras 600 veículos alugados para uso público e descentraliza a administração, pagando, com essas economias, mais de R$ 400 milhões, somente no 1º trimestre do ano, de dívidas herdadas da administração anterior (PMDB - Joaquim Roriz e Maria de Lourdes Abadia).